Num futuro distante, ou nem tanto, uma espécie de civilização repressora denominada Sociedade do Além predomina e escraviza até os sonhos dos subalternos (os chamados homens-puros), em função de evitar-se o destronamento dos líderes, ou seja, dos mandantes, dos habitantes do centro de domínio, a Cidade Alta — um altaneiro topo (e refúgio) para seres “biossintéticos.”
Um dia, de súbito algo muda muito a dinâmica de prevalências na Cidade Alta: uma impressionante revolução das elites, interna, ocorre. Um grande abalo sísmico na própria estrutura de poder.
Um abalo do qual acabará por resultar algo com que a Sociedade do Além não poderia contar. Seu pior pesadelo, e não o dos homens-puros, virá à tona, inelutavelmente.